
Cada bonequinha custa em média R$ 278,00 (precinho para colecionador) e a renda será revertida para a fundação Princess Grace que apoia jovens artistas do teatro, dança e cinema.

Fonte: http://mundoposto.com.br/blog/?p=6768
Ah, look at all the lonely people
Ah, look at all the lonely people
Eleanor Rigby picks up the rice in the church where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window, wearing the face that she keeps in a jar by the door
Who is it for?
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?
Father McKenzie writing the words of a sermon that no one will hear
No one comes near
Look at him working, darning his socks in the night when there's nobody there
What does he care?
All the lonely people, where do they all come from?
All the lonely people, where do they all belong?
Ah, look at all the lonely people
Ah, look at all the lonely people
Eleanor Rigby died in the church and was buried along with her name
Nobody came
Father McKenzie wiping the dirt from his hands as he walks from the grave
No one was saved
"Eleanor Rigby conta a história de dois personagens, a própria Eleanor e o padre McKenzie, que são retratados como símbolos representativos das pessoas solitárias como um todo. Em poucas palavras a história é como se segue: tanto Eleanor como McKenzie são pessoas solitárias. Ela trabalha na limpeza da igreja, sonha em se casar, espera pelo seu amado todos os dias. Ele escreve sermões que nunca ninguém escutará, passa a noite sozinho costurando suas meias. Eleanor morre na igreja, é enterrada junto com seu nome, somente. Ninguém veio a seu encontro. Mckenzie saí da cova, limpa suas mãos. Ninguém foi salvo por suas palavras.
Vejo alguns pontos particularmente interessantes nessa história. Há tanto homens como mulheres solitários. As pessoas muitas vezes têm dificuldade de encontrar umas as outras (a única interação entre Eleanor e McKenzie acontece quando o padre enterra a moça). A solidão não é necessariamente ruim, em nenhum ponto da história fica patente a tristeza, sofrimento, desespero, talvez nem mesmo a frustração possa ser colocada como presente. Penso que não há modelo certo para viver. Casar ou não casar, ter ou não ter filhos, sair ou não da casa dos pais, ter ou não ter amigos. Há dentro da sociedade aquilo que é mais comum e, fruto de um desenvolvimento cultural e social, mais almejado.
É certo que você conhece alguma pessoa que possa classificar de desajustada, desalinhada, diferente, excêntrica. Em todo conjunto de pessoas, podemos distinguir alguém que absolutamente não se encaixa no padrão modal, mais comum. Seja alguém um pouco mais feio, menos inteligente, menos sociável, menos emocionalmente desenvolvido, alguém com gostos demasiado diferentes, todos conhecemos alguém que um dia tenhamos parado pra pensar, o que será que a pessoa faz no fim de semana? Onde vai? Com quem fica? Quem namora? Quem ama? O que ama? Ama? Esta série de questionamentos pode culminar, algumas vezes, em sentimento de pena, de piedade. Vejo este sentimento como bastante injusto e arrogante, já que é fruto de um juízo de valor em favor de si em detrimento do outro. Quão bem resolvidos somos e quanto problemáticos são os outros? Quanto nosso jeito de agir é o certo? Quanto existe o certo?" (texto extraído de "Eleanor Rigby", disponibilizado em http://desideas.wordpress.com/2008/05/10/eleanor-rigby/)
Eu não quero ser como Eleanor Rigby. Me apavora a idéia de pensar no passar do tempo sem proveito.