quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS YOU

Mais uma vez... Esse ano é ainda pior, porque tem a lembrança do Natal passado. Tanta saudade...


Eu não quero muito nesse natal
Só tem uma coisa que eu preciso
Eu não me importo com os presentes
Que estão embaixo da árvore de natal
Eu só quero você pra mim
Mais do que você pode imaginar
Faça o meu desejo se realizar
Tudo que eu quero de natal é você
Eu não quero muito nesse natal
Só tem uma coisa que eu preciso
E eu não me importo com os presentes
Que estão embaixo da árvore de natal
Eu não preciso pendurar a minha meia na lareira
Acima da lareira
Papai noel não vai me fazer feliz
Com um brinquedo no dia do natal
Eu só quero você pra mim
Mais do que você pode imaginar
Faça o meu desejo se realizar
Tudo que eu quero de natal é você
baby, oh oh
Eu não vou pedir muito nesse natal
Eu não vou nem querer neve
Eu só vou ficar esperando
Embaixo dessa árvore
Eu não vou fazer uma lista de presentes e mandar
Para o Polo Norte
Nem vou ficar acordada ate tarde
Para ouvir os sininhos das renas
Porque eu so quero você aqui esta noite
Me abraçando bem apertado
O que mais eu posso fazer
Oh baby tudo que eu quero de natal é você
baby
Todas as luzinhas estão brilhando
Por todos os lugares, tão brilhantes
E o barulho das risadas das crianças
Estão pelo ar
E todo mundo está cantando
Eu escuto aqueles sinos tocando
Papai Noel você não vai me trazer
A única coisa que eu realmente preciso
Por favor traga meu baby, depressa
Ohh eu não quero muito para esse natal
Isso é tudo que eu estou pedindo
Eu só quero ver meu amor
Parado na minha porta
Oh eu só quero você pra mim
Mais do que você pode imaginar
Faça meu desejo se realizar
Oh baby tudo que eu quero de Natal é você ....
baby
Tudo que eu quero de Natal é você, ooh baby

terça-feira, 29 de setembro de 2009

MEMOIRS OF A IMPERFECT ANGEL - O NOVO ALBUM DA DIVA


Como não poderia deixar de ser, em dez anos de tietagem, mais uma vez em que a grande diva lança um album, ela parece fazer uma música especialmente pra mim (sua fã mais devotada) a qual traduz o meu momento. Dessa vez foi H.A.T.E.U. Como alguém pode falar de algo denso numa melodia tão leve e com uma voz tão suave... Carey pode.
O lançamento de Memoirs acontece hoje, mas é claro que eu já ouvi todo. O album está recheado de baladinhas R&B, remetendo ao charm, bem chic...Observamos que Mariah não fez uso de participações secundárias, inédito em sua carreira desde a década de 90. Nunca fez tanto uso de edição de voz, o que nos deixa um pouco órfãos dos seus tons, agudos, graves, e todas as firulas que sua voz cristalina deliciosamente nos proporcionou em albuns anteriores. Obcessed, a faixa de lançamento, é meio sensacionalista na minha opnião (resposta ao rapper E minem - o erro!) e bem rap, mas as demais faixas são bem suaves (todas praticamenteno mesmo tom), a exemplo da chiquérrima It's Wrap. Atenção para a regravação de I wanna know what love is (Foreigner), que se transformou numa baladona na voz de Mariah.
Desculpe Mariah, mas não pude esperar, baixei rsrsrs...A culpa é da tecnologia rsrsrs.
Odiar você
Era uma vez um tempo em que
Juramos não dizer adeus
Algo aconteceu conosco
E nós mudamos
E você sentou-se sozinho com o seu orgulho
E eu sentei em casa e casa e chorei
Como podemos chegar ao fim desse jeito?
Fomos de round em round
Até nocautearmos o amor
Deitamos no ring sem fazer nenhum som
E isso for uma metáfora entre você e eu
Por que é tão difícil dizer adeus?
Eu mal posso esperar pra odiá-lo
Fazer você sofrer como eu sofro
Ainda não consigo me livrar de você
Mal posso esperar para romper essas alterações emocionais
Parece ser uma causa perdida
Mal posso esperar para enfrentá-lo
Quebrar você bem devagar até você não ter lugar para ir
Mal posso esperar para odiar você
O amor é um fenômeno que ninguém pode explicar
Eu queria pressionar o reset e sentir essa sensação novamente
Eu sento e pressiono "voltar"
Assisto cada noite nossa
Quero dar "pause" mas não posso fazer isso
Não precisa me ligar
Porque eu mudei meu número hoje
O que importa é que acho que estou indo embora
Desculpe, as frustrações me fizeram ficar assim
E eu continuo tendo uma última coisa a dizer
Eu só quero te abraçar, te tocar, te sentir
Estar perto de você, eu sinto sua falta
Estou cansada de tentar disfarçar
Mas não há nada que eu possa fazer
Garoto, eu mal posso esperar para odiá-lo

segunda-feira, 20 de julho de 2009

quinta-feira, 16 de julho de 2009

OITO ANOS

Uma coisa leva á outra que leva a outra, bongo, bongo, bongo. Mostrando umas músicas da Britney no começo da carreira para as meninas da sala ontem, a Paula me fez lembrar do N'Sync, aí hoje fui baixar umas músicas deles. E música, sabe como é, é como cheiro, um automático túnel do tempo. Lá vai eu para 2000, 2001... A letra a seguir é a tradução de Gone, que é a cara de outubro/2001.
Não sei se posso dizer que é engraçado, mas o curioso é que oito anos depois, essa musiquinha da minha adolescência ainda me faz chorar, e pelo mesmo motivo (mas não pela mesma pessoa), apenas a dor de ontem parece menor. Eu queria trazer meu primeiro (e único por cinco anos) amor de volta. Numa noite do mês mencionado foi a minha primeira fora de casa, quando eu ainda não havia experimentado muita coisa... Outras noites de lá para cá se descobriram em minha vida, fazendo aquela parecer cada vez mais um sonho tão distante...
O tempo passou tanto mas as lágrimas denunciam que dentro de mim para o meu bem e o meu mal muita coisa continua a mesma.
Ontem encontrei aquele que um dia nos meus pensamentos foi o protagonista desta canção. Entre nós parece nada ter acontecido. Restou apenas a cumplicidade de dois atores que encenaram na vida real um romance digno de drama.
Porém aquela que ficou lá atrás, a menininha de cabelos negros, longos e ondulados (por vezes lisos ou cacheados como agora) que usava sutiã com enchimento, que acreditava (e duvidava) em planos de juntos para sempre e filhos crescidos, que recebia cartinhas de amor ás segundas, que banhava na chuva no centro, que acreditava no inacreditável... Ela ainda vive lá dentro dele?Ele ainda lembra? Somos a mesma pessoa para ele? E para mim? Quanto ela ainda vive aqui dentro de mim no tempo presente? Será que ele pode me ajudar a esclarecer quanto daquela
Como teria sido se a realidade de ontem tivesse tomado o lugar da de hoje... Eu quis tanto! O que hoje eu não quero, queria que tivesse sido, que estivesse sendo... Foi bonito em sua forma peculiar (mais peculiar impossível) e ainda povoa as mentes daqueles que testemunharam tão surreal acontecido, também como sonho distante... Aplausos.


Eu poderia dizer milhares de coisas
Pra trazer você de volta pra casa, sim
Oh, parece que você se foi há tanto tempo e me deixou sozinho e eu lembro o que você me disse
Você estava tão estranhae talvez eu estivesse cego pra ver
Que você precisava de uma mudança
Foi algo que eu disse
Que a fez afastar-se?
Que a fez ir embora e me deixar desamparado
Se eu pudesse encontrar uma maneira
De fazê-la estar aqui
Bem aqui...
Estou sentado aqui
Não consigo tirá-la do pensamento
(Não consigo tirá-la do pensamento)
Já tentei de tudo pra ser um homem forte
Já me enlouqueci
Desejando poder tocar seu rosto
(tocar seu rosto)
Mas a verdade permanece a mesma...
Você se foi...Você se foi..
(baby, você se foi)
Baby, você se foi
Garota, você se foi, garotinha, você se foi...
Você se foi..Você..
Agora não quero inventar desculpas, baby
Isso não mudará o fato de você ter ido embora, não, não
Mas se existe algo que eu possa fazer
Você me deixaria saber, por favor?
O tempo passa lentamente agora
Acho que é minha vida sem você e talvez eu conseguisse mudar cada dia meu (sim)
Mas, amor, eu não quero
Assim, só andarei sem rumo e encontrarei algo para fazer
Pra tirar a saudade de você da mente e eu sei, no meu coração
Que você não pode dizer que não me ama tambémPor favor, diga que me ama
Siiim...
Você se foi.....você se foi.....você se...Foi Ohh.
O que eu farei
Se eu não posso ficar com você?
Diga-me para onde ir
Baby, quem eu serei
Agora que estarmos separados
Ainda estou no seu coração?
Baby, porque você não vê
Que eu preciso de você aqui comigo?Oohhh...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

EPITÁFIO



Alice, que a fábula conte

Teu roteiro gigante

Como um sonho, ou o horizonte

Registrado no instante,

Que seja coroada tua fronte

Numa terra distante.

(Lewis Carroll)
PS: Por favor, se eu não puder, lembrem-se de colocar na minha lápide

sábado, 27 de junho de 2009

NA GELADEIRA


Já estava mais do que na hora de mudar a imagem lá do rodapé, se é que alguém presta atenção. Bom, porque de Cinderela a única coisa que eu tenho é a pobreza, que lavar roupa e limpar o quarto nos fins de semana (e ainda dando graças á Deus) . Se bem que estou sendo injusta, tenho as sa "fadas" das minhas amigas também (no melhor sentido, claro).
O príncipe esse, há alguns meses foi embora e na verdade não era príncipe era soldado. Desde então não apareceu nem sequer um chapeleiro.
Então o que tenho mesmo de sobra é gente maluca ao meu redor que parecem tomar lsd, fumar algo, comer cogumelos ou ingerir outros tipos de alucinógenos, tal qual Lewis Carrol deva ter feito, na minha opnião.
Devo ressaltar que me senti gigante perante alguns acontecimentos e que eu tenho lutado (e quase sempre conseguido) contra minha mania de andar sempre atrasada. No mais, não vou me reclamar, vivo em Wonderland.

PUCCA FUNNY LOVE


Foi amor á primeira vista. Uma grande identificação, até porque gosto muito de elementos orientais (as gueixas por exemplo) e desenhos. Juntou uma coisa com a outra e eu me apaixonei pela Pucca!
Para ver como a era da informação é tão "express" que a personagem surgiu como ícone de um restaurante chinês, daí virou desenho animado, boneca, ilustra caderno, wallpaper, agenda (a minha do ano passado!), caneta, lápis, jogo de cama, toalha, papel de carta (ainda existe!), temas de aniversário (minha "sobrinha" Bebel toda de Pucca, linda!), etc...
Há dois dias foi a vez de eu assistir o desenho animado. Que lindo! Muito, muito fofo. Mas a minha surpresa é que o Garu (um ninja lá do
desenho) não é namorado dela (como pode se presumir nos cadernos)!
Ai, ai, qual não foi minha identificação e admiração por um personagem que pode parecer fútil á primeira vista. Ela ama Garu e ele nem confiança, fica é com raiva! Olha, quem ele pensa que é (e
eu aqui em defesa da amiga)??? Mas ela é obstinada e feliz, nem liga. Por isso o aposto "Funny Love (amor divertido)". Se bem que eu sei que amar sem ser correspondida não é nada divertido. Mas se ela acha... Devia servir de exemplo para nós meninas vez por outra apaixonadas...
Além do mais o desenho é inovador no que se refere aos personagens principais não terem fala, para que possam ser compreendidos por surdos-mudos de todo o mundo. Que "garota" socialmente engajada!! kkk ...Mas como dizem, a língua do amor é universal....
"Pucca ama Garu
Ele é bonitinho
Ninjas só comem macarrão
Pucca é mimada
Pucca é levada"

sexta-feira, 26 de junho de 2009

RESPIRANDO HISTÓRIA

Filmes, personagens, textos... Agora pronto, tudo para mim está sob as lentes da História, especialmente porque quase sempre "Será que a história de fulano ou beltrano pode ser considerada micro-história?" é uma pergunta que não quer calar. Se o tal fulano é mulher então, pois pronto! É genêro, é luta de classes, marxismo? Ai, ai, isso me torna mais observadora, crítica e perspicaz. Isso me deixa muito é feliz: "pseudo-historiadora" kkk...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

LUTO NA MÚSICA POP

O mundo despede-se hoje de Michael Jackson. Garoto negro de infância difícil, pela rígida disciplina aplicada pelo pai, começou a cantar com os irmãos aos 5 anos, os quais formaram o grupo musical Jackson Five, onde começou a fazer sucesso. Para se ter uma idéia os caras viraram até desenho animado! Coisa até hoje surpreendente.
Michael já lançava compactos solos aos 9 anos, ainda nos Jackson. Lançou seu primeiro disco em 1979, “Off The Wall” com estrondoso sucesso, tornando-se o maior astro pop dos anos 80 e meados de 90, através de suas músicas contagiantes (tornados clássicos), coreografia e figurinos originais, tornando-o um dos mais rentáveis cantores da história, o ícone da música pop.
Lembro-me dele quando eu era criança, naquele tempo a música pop parecia ser bipolar: de um lado Madonna, do outro Michael. Porém, nessa “rivalidade” velada, Michael acabava ganhando, coisa que mudou muito com o passar dos anos.
Toda vez que Michael lançava um vídeo clipe, precedia um alvoroço, á espera de um espetáculo, o qual o cantor não desapontava, sempre surpreendendo com seus efeitos especiais. A cada lançamento, os vídeos eram religiosamente exibidos no “Fantástico”, os quais eu não podia perder. Como esquecer Michael Jackson entrando pelo chão, se dissolvendo ou se transformando em pantera? E de suas visitas ao Brasil? Em especial para gravar o vídeo clipe de “They Don’t Care About Us”. Até hoje as batidas me causam um arrepio, um frenesi.
O ídolo do pop inspirou moda, covers, nomes de recém-nascidos, revistas em quadrinhos, regravações (“I’ll be there” – Mariah Carey – minha diva sabe das coisas...) e astros posteriores com suas coreografias, incluindo boys bands da década de 90 e Britney Spears (muita gente pensa que sua inspiração é só Madonna, aliás, nunca senti isso. Ela ia já se declarar fã de Michael, não é? Os escândalos dela já são suficientes...).
Contudo, a carreira de Michael foi aos poucos sendo arruinada, principalmente depois do astro se envolver em escândalos acusado de abuso sexual de menores, a mudança da cor da pele, as cirurgias plásticas, o casamento e separação com Lisa Marie, a suposta filha de Elvis Presley, problemas com o imposto de renda e por último (que eu me lembre) ter segurado seu filho de nove meses coberto com lençol pelo lado de fora da sacada.
Ele até tentou uma reabilitação com o relançamento de “Thriller” (1982), em homenagem aos 25 anos do seu disco de maior sucesso com participações de cantores atuais do pop, como Fergie e Will.I.am. Infelizmente (ou não) o disco atual nem de longe superou sua inspiração, uma obra de arte da música de todos os tempos.
Hoje, como podemos constatar, polêmicas só foram positivas de alguma forma, na carreira de Madonna, que conquistou – e mantém muito bem, obrigado – o lugar de rainha do pop (sem reis, ultimamente). Para Michael, ao contrário (e não era para menos no caso dos possíveis abusos), a mídia serviu para “apagá-lo”, e não para reverenciá-lo, como no caso da cantora.
Gostaria de ressaltar que hoje, a morte é apenas do corpo de Michael Jackson, já que o astro pop mais celebrado de todos os tempos já havia morrido há algum tempo. O próprio relançamento de “Thriller” soou á um tributo, mesmo com a participação de Michael. Fica a sensação de que aquele lá que fez parte da trilha sonora da minha infância, desapareceu aos poucos no meio de um turbilhão de confusões. Porém, ao mesmo tempo em que “morreu” lá na década de 90, imortalizou-se como ícone do pop sem precisar de mais nada. Ou seja, se tivesse morrido antes dos escândalos, ocuparia a mesma posição na música que hoje.
Michael bateu recordes: “Thriller” como o álbum mais vendido da história (109 milhões de cópias), “Billie Jean” como a música dançante de maior sucesso, dentre outros. Era um astro completo (do jeito que são os meus preferidos): cantor, compositor e até publicitário! Vale lembrar que foi dele a idéia de reunir os astros da música no movimento “We Are The World”, em prol da erradicação da fome na África.
Quem sabe um “bom comportamento” tivesse prolongado sua carreira. Mas o meu adeus hoje vai para aquele Michael Jackson que tanto brilhou, de conduta ainda não socialmente reprovável, imortalizado por mim e outro fãs. Fica aquela angústia, como se parte da minha infância fosse embora junto. E as tardes felizes no trabalho ouvindo “Billie Jean” (cantando junto com agudos kkk), “Beat it”, “Bad”, “Thriller”... Assim como essas mesmas músicas dividas no mp4 com Fernanda ajudaram as tardes passarem mais rápido em um chato trabalho temporário... Luto pelo Showman. Beat it, beat it...

terça-feira, 16 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

TER UM FILHO, ESCREVER UM LIVRO, PLANTAR UMA ÁRVORE


Nessa ordem. Já tive um filho. Escrevo um livro e hoje plantei minha primeira árvore.
Tudo bem, a filha que tenho, a Darlla é de pano, mas quem disse a frase do título não especificou o material da “criatura”.
O livro que escrevo é a minha própria vida ( se fosse materializar no papel, as páginas com certeza seriam muitas), descrita aqui nesta página através de narrativas, sob o meu ângulo e de outrem. Ps: Blog pra mim é um livro virtual.
Pois bem, falando em virtual, aproveitando a comodidade da tecnologia virtual hoje resolvi fazer jus á máxima que dá nome á esse texto: plantei uma muda no ClickÁrvore. Não custou quase nada, só alguns clicks e dedinhos no teclado. Você aí aproveite a deixa e plante também a sua mudinha. Você pode até estar sendo clichê, mas estará politicamente correto ajudando o meio ambiente: http://www.clickarvore.com.br/ .

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O HORROR QUE NÃO DEVE SER ESQUECIDO


Retomei meu curso de História no segundo semestre do ano passado, iniciado em 2002.1. É importante ressaltar que nesse intervalo de seis anos, continuei as minhas “leituras históricas”, através de revistas, textos soltos, internet, TV, filmes, jornais e alguns livros. E digo mais, muito antes de minha introdução á Academia, a História me seduz desde sempre: quando criança lia meus livros da disciplina nas férias, antes mesmo do início do período letivo, e ia além: ficava sonhando em ler os livros e assistir aos filmes citados nas bibliografias dos textos didáticos (mas dar conta do colégio já me tomava tempo suficiente). Também, por sorte a minha, meu pai ganhou uma coleção inteira de livros de História, da Antiguidade á Contemporaneidade, edições de luxo com fotos inéditas, desenhos e mapas de época, e texto com riqueza de detalhes, as quais li “escondido” grande parte durante a minha adolescência.
De volta á sala de aula e com ela às discussões historiográficas, mais precisamente em um proveitoso seminário de Teoria I, “O extermínio dos judeus e o princípio da realidade” de Carlo Ginzburg, tive contato com diálogos textuais que fiz com Hayden White e Ginzburg, e suas divergências sobre as construções narrativas da História. O que mais chama atenção nos meus estudos é o ceticismo/ relativismo, defendidos por alguns autores e que podem ter conseqüências desastrosas. A crise historiográfica vivida em 1960/70 dá margem a uma teoria um tanto absurda, chamada “revisionismo”, difundida por Robert Faurisson, presente também em outras ciências. O absurdo o qual me refiro é qualquer teoria que possa vir a tomar forma historiográfica expressar quaisquer dúvidas sobre a existência dos campos de concentração nazistas, suas câmaras de gás e fornos crematórios, como defende a teoria revisionista. Contudo, não me abstenho apenas ao campo dos estudos históricos, basta lembrar de Richard Williamson, bispo católico que negou o holocausto no início do ano em questão, 2009.
Desde os meus 12, ou 13 anos, a vida pessoal de Adolf Hitler e seus seguidores, os judeus europeus durante o nazi-fascismo, dentre todos os aspectos sociais que precedem e vivenciam a Alemanha Nazista, me exercem um enorme fascínio (apesar dos pesadelos que me causavam). Talvez porque por mais que pesquise por ambos os lados (alemães x judeus), nunca chegue a compreender realmente como um número significativo de mentes de uma nação se voltaram e se uniram para legitimar o mal. É aparentemente ilógico. E aqui cabe citar Hanna Arendt e sua expressão “banalidade do mal”, criada na discussão sobre o julgamento de Adolf Eichmann, a qual a autora utiliza o termo para explicar que os contribuintes do regime se diziam “apenas estar no cumprimento de suas funções”, daí a naturalidade da viabilização do processo da “Solução Final”. Em minha opinião a maior barbárie da História.
Ao saber da existência da obra “O diário de Anne Frank”, por volta dos meus treze anos, fiquei em pavorosa. Ao descobri-lo uns dois anos mais tarde na biblioteca da escola, o “devorei” inteiro, um pedacinho a cada manhã. Mas confesso que fiquei um tanto quanto decepcionada, senti que faltava algo, o achei um tanto superficial. Penso que esperava mais.
Hoje, empolgada em adquirir cada vez mais informações que possam me incrementar o saber histórico, lendo a edição 62 da revista “Aventuras na História (set 2008)”, em momento de descanso, descobri Hélène Berr, que me trouxe a inspiração desse texto. Intitulada como “Uma outra Anne Frank”, na sessão “Memória”, essa personagem microhistórica me tocou. Hélène era uma jovem judia de 21 anos, de família francesa de várias gerações, estudante de literatura inglesa na Universidade Sorbonne, apreciadora de música clássica, musicista de violino. Moça erudita de boas condições sociais e financeiras. Assim como Anne, Hélène também escreveu um diário, por quase dois anos, mas com conteúdo (antevendo eu) mais denso. Talvez por ter mais maturidade que Anne, ou sensibilidade ao transcrever as emoções ou ainda pela influência de seus estudos, o pouco que eu pude conhecer de Hélène Berr e seus escritos (“O diário de Hélène Berr – Um relato da ocupação Nazista de Paris) me parecem transmitir maior identificação (sem desprezar o relato de Anne, de suma importância para a Memória). Hélène escreve suas memórias confiadas á sua cozinheira para que entregue ao seu namorado caso ela não o veja mais, pois tinha medo de que ele não soubesse o que ela pensava durante sua ausência (O rapaz havia partido para combater na Resistência). A família, abastada, poderia ter fugido, porém Hélène se opôs por achar tal atitude covarde diante daqueles que se encontravam expostos á sua mesma situação, mas que não dispunham de sua mesma condição financeira. Continuou então a viver o seu cotidiano “normal”, percebendo, infelizmente, aos poucos os infortúnios que acabaram por apanhá-la, utilizando-se da frase “nudez diante dos golpes esperados” para retratar sua imobilidade diante do momento atual, que ela já previa: “A monstruosa impossibilidade de compreensão, a horrível falta de lógica de tudo isso tortura o espírito. Mas não há nada que refletir, pois os alemães não buscam nem razão nem utilidade. Têm um objetivo: exterminar”.
Como não me identificar: Hélène era uma jovem comum, assim como eu e minhas contemporâneas, jovem, apaixonada, universitária, amante da música, inteligente, bem informada, intuitiva, atuante no seu meio social (ex: ajudou na adoção de crianças judias). Me identifico completamente com o seu medo da morte: “... toda minha vida desaparecerá subitamente, com todo o infinito que sinto existir dentro de mim”.
Como não admirar: solidária, sensível, erudita, com a suavidade do seu semblante se complementando á do seu interior, Hélène sai do anonimato para nos retratar as atrocidades nazistas, tornando-se assim personagem central através de relevantes relatos histórico-literários dos seus medos, anseios e frustrações, comuns á toda uma época e de inegável importância para a Memória, a fim de que “O horror, o horror, o horror” não torne a se repetir mascarado sob nenhuma outra forma de “normalidade”. A velha estória de que está “tudo bem”, quando não está, a permanência de uma sociedade hipócrita, onde todos colaboram a fim de beneficiar apenas parte dela, ou no caso específico do Holocausto: exterminar parte dela.
A dor ainda está presente, mesmo que se passem mil anos, acredito eu, imagine apenas sessenta, como agora. Interessante ressaltar que os judeus não costumam utilizar “holocausto” para a definição do suplício do seu povo pela ditadura alemã. Isso porque holocausto significa “purificar com fogo” (e era isso que Hitler pensava: “purificar” a Alemanha, mas e o que existia na Europa de 1940 para ser purificado?), por isso utilizam a palavra iídiche “Shoah”, que quer dizer “calamidade”. Faz todo sentido. No caso da França, o país de Hélène, há um bairro judeu repleto de placas nas fachadas das casas de antigos moradores vitimados pelos nazistas. Uma delas diz: “À memória dos 112 habitantes desse prédio, dos quais 40 eram pequenas crianças, deportados e mortos nos campos alemães em 1942”. Ainda assim com placas, monumentos e eventos ao redor do mundo em memória dos oprimidos pelo nazismo, há quem não “veja”, por ignorância como no caso dos imigrantes africanos recentes instalados nos arredores de Drancy (ex - campo de concentração nazista francês) ou por culpa, vergonha, como no caso dos alemães pós-guerra. E há quem “veja” muito bem, continuando a perseguir o povo judeu sob as mais descaradas desculpas como os conflitos entre palestinos e judeus, ou retardadamente sob os preceitos nazistas. Grupos neonazistas e até mesmo partidários da extrema direita francesa, para exemplificar. Um absurdo.
É triste? Sim, mas é uma memória que deve ser mantida a fim de orientar gerações presentes e futuras, que a dor indescritível desse acontecimento para a humanidade possa servir de exemplo a fim gerar sentimentos contrários á guerra, preconceitos, extermínios e quaisquer tipo de submissões entre povos: “A única experiência da imortalidade da alma que podemos ter com segurança é a dessa imortalidade que consiste na persistência da recordação dos mortos entre os vivos (Hélène Berr - foto)”.

sábado, 16 de maio de 2009

CECÍLIA

Parece que foi ontem a primeira vez que te vi, aquele sorriso meio de lado, que por trás esconde alguma traquinagem... E que até antipatizei a primeira vista. Sim, porque depois confirmei a impressão oposta nesses nove preenchidos anos de amizade. Preenchidos de tanta coisa... Alegrias, tristezas, desilusões, riscos, vitórias, tramas e dramas dignos de roteiro da Televisa.
Parece que foi ontem né, a gente correndo atrás do Amarelão pra pegar ônibus com o Glúbio, tirando onda do suco da casa dele, curtindo nas aulas de química ou história, o cantinho da cantina, a coxinha do Bené, a praça do Liceu na companhia do “Penado”, os “Diários” com a “Zoraide”, o bar do “Muerte”, os dias aqui ou na tua casa...
Depois a universidade. Deu trabalho, mas hoje parece tão fácil...Cá entre nós, no ínicio sabemos que não foi. Assim de cara eis que surge um problema. E agora? Hoje se tornou a maior dádiva da sua vida, o “nosso” filho kkkk. E eu, ainda bem, mesmo dormindo (kkk) estava lá.
Quando sua vida retomou a constância, lá estavam eles, os bambus, e debaixo deles tome falar mal do curso (kkkkk). E aquela viagem pelo TRAF? “Amiga tenho uma pequena missão pra você”. Tomar banho de mar é sempre bom. No mais é relembrar e refazer as tardes na tua casa debaixo do pé de Jambo.
Tempos bons que não voltam, mas outros bons momentos sempre podem ser construídos ao lado dessa garota que nunca perde esse sorriso, ao mesmo tempo ingênuo e malicioso, esse equilíbrio e essa fé na vida. Parabéns Cecília, você mais do qualquer pessoa merece chegar onde está e ainda mais, muito mais no que sua perseverança pode alcançar. Deus te abençoe para continuar com essas qualidades que te permitem ser tão querida por mim e por tantas outras pessoas. Perseverante, constante, leal, de humor inteligente, bonita, carinhosa, prestativa, honesta, e que parece não envelhecer nunca! Ufa!(Sem falar que vem lá do Pq. Sul kkkkk!!!!) Você é uma Mulher Maravilha! Te agradeço pelos momentos que pude me fazer importante para você, estou por aqui nesse mês tão marcante: sua formatura, seu aniversário e sempre. Te amo amiga.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

PROVA DE AMOR

Eu o amo. E por mais que eu já tenha amado outra vez na vida, nunca senti nada igual. Estamos fisicamente distantes, mas em mim ele continua presente, da mesma forma. Costumava dizer que fazia tudo pelo seu amor, para lhe fazer feliz, e isso me tornava feliz também. Mas hoje a maior prova do meu amor é contraditoriamente me manter longe. É ter que renunciar sua presença, nem que seja por rápidos e monossilábicos telefonemas, em prol de, vai saber, na esperança que seja, de um futuro juntos o mais próximo possível.
Só Deus mesmo pode saber o quanto é difícil pra mim ter que voltar pra casa, todas as noites me enganar pra dormir, pensando em nossos momentos felizes. Acordar com o peito apertado. Lá se vão 26 dias assim... Nada melhorou.
Todos os problemas que me aparecem tomam uma dimensão bem maior de quando o tinha comigo. A falta do seu abraço me tirou toda a proteção que pensava ter.
Tem dias mais difíceis que outros, confesso, como hoje, em que sua presença é ainda mais necessária, e me vejo me agarrando á qualquer coisa para não ligar, inclusive apostas furtivas ou repetindo pra mim mesma como um mantra “vai passar, espera pelos menos até amanhã”. Porque se qualquer coisa na minha vida é motivo para lhe fazer ciente dela, imagine como são dias e dias sem nenhuma notícia dele, sem estar á par de nada da sua vida. E como o amor se sacrifica! Até mesmo se fingir de morto...
Fico ás vezes sonhando que alguém aparecerá com uma solução mirabolante, para fazê-lo voltar para mim.
Eu o amo, mas por ele me deixar não significa que eu tenha que dizer que ele seja uma pessoa ruim. Deve ter tido seus motivos. Sei que ele me magoou algumas vezes, mas quem é perfeito? Eu o aceito assim, porque sei que suas qualidades superam seus defeitos. E foi justamente o seu jeito que me encantou, que me despertou todo esse amor. E mesmo que nunca mais o tenha de volta, sempre o terei guardado com carinho em meu coração e espero que também me tenha com carinho em suas lembranças. Tudo o que fiz, em prol do nosso amor, de nada me arrependo. Ninguém o vai amar assim, não com esse cuidado todo de quem guarda uma porcelana japonesa do começo do século passado. Se de nada serviu, pelo menos que ele saiba que foi e ainda é muito amado, que tenha certeza disso. Que a força maior em que ele acredite ou venha a acreditar (espero que isso aconteça)– Deus , Alah, Buda, etc. o ilumine e amadureça para que tenha bastante equilíbrio e seja feliz em suas escolhas. Que o tempo o faça descobrir que o rancor e o orgulho demasiado nos faz perder oportunidades muitas vezes irrecuperáveis. Que lembre do que eu lhe tentei passar quando nós dois juntos.
Eu sempre soube o quão valioso ele é para mim, pois nunca ninguém será como ele é, com aqueles olhos tão doces, tão gentil... E comigo então, quem vai ser tão amável, carinhoso, confiável, companheiro como ele era...
Ele quis ir, e se for o que ele considera melhor para ele, vá, seja feliz, porque isso é a maior prova do meu amor, tentar viver sem você e de algum modo abrir mão da minha felicidade em nome da sua. Se for por você, eu fico aqui, te amando, mas eu fico, só para não ser triste te vendo ser infeliz ao meu lado. Eu espero, nem que eu morra esperando, acredito que você vai voltar, porque acredito no meu amor, e sei que um dia você volta pra tomar de conta do que é seu.